segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Robert Taylor









 Spangler Arlington Brugh, com nome artístico Robert Taylor (Filley, Nebraska, 5 de agosto de 1911 — 8 de junho de 1969) foi um ator estadunidense.
Era filho único do Dr. Spangler Andrew Brugh, um médico, e de sua esposa, Ruth Stanhope Brugh. Quando jovem, Spangler Arlinghton era tímido e muito estudioso, e estudava violoncelo. Muitas vezes, acompanhava o pai nas visitas domésticas que fazia como médico e assistia todo o seu trabalho - desde partos até amputações - monstrando-se muito interessado na profissão de Hipócrates. As amigas da mãe faziam comentários sobre sua beleza, e ela lhes dizia que estava determinado a manter o jovem Arlinghton "puro" e "melhor do que os outros meninos", e sempre repetia: "Mostre-me o que um menino de doze anos é, e eu lhe mostrarei o que ele será pelo resto de sua vida".
No tempo em que cursava a universidade, Arlinghton já atingira a 1m80 de altura, sendo dotado de esplendorosos olhos azuis e belos cabelos castanhos escuros. Sua bela aparência e habilidade no tênis, além de outros esportes, lhe valeram grande popularidade. Esforçou-se por superar seus problemas de fala, e acabou por se dar muito bem como orador, com uma voz muito boa e bem articulada.
Graduando-se em 1929, decidiu tornar-se médico como seu pai, matriculando-se no Colégio Doane, a contragosto da mãe, que o queria nas lições de violoncelo. Vencido pela determinação da mãe, Arlinghton estudou música, e logo foi transferido para o Colégio de Pamona, em Claremond, na Califórnia. Sua mãe o acompanhou durante a trajetória, determinada que o jovem Arlinghtom se tornasse um artista, fosse como fosse.
Mas quando chegou a Pamona, foi levado a estudos de arte dramática. Popular entre as garotas, sua boa aparência atingira o ápice, e todas queriam namorá-lo. Fez parte integrante de um grupo de teatro do colégio, participando de numerosa peças, entre as quais Camille(profético!) e Journey's End. Logo, um tal de Ben Piazza, um caçador de talentos da Metro-Goldwyn-Mayer(MGM), lhe fez uma proposta de teste ao vê-lo numa atuação teatral, mas de início o jovem Arlinghton não se empolgou, pois queria terminar seus estudos e pegar o seu diploma em 1933. Piazza pediu-lhe então que o procurasse mais tarde.
Formado, o jovem Arlighnton ambicionava ser ator profissional, para isso, matriculou-se na Escola Dramática Neely Dixon, que preparava atores para Hollywood. Porém, o pai ficou doente, vindo a falecer em outubro de 1933, sem chegar a conhecer as glórias do filho na meca do cinema. Logo, a mãe e o filho se mudaram para a Califórnia.
[editar] O primeiro teste e o nome artísticoContinuando os estudos em Neely Dixon, conseguiu um teste cinematográfico nos estúdios de Samuel Goldwyn, que não resultou em nada. Acidentalmente, despertou a atenção de Oliver Tinsdell, um instrutor dramático da MGM. Trabalhou arduamente com Tinsdell e, em fevereiro de 1934, foi premiado com um contrato de sete anos com a MGM, começando com 35 dólares por semana, com escala prevista para aumentos periódicos.
Logo, surgiu a necessidade de um nome artístico para o novo ator. Ida Kiverman, secretária particular e braço direito de Louis B. Mayer, sugeriu Robert Taylor. A mãe - muito vaidosa - queria que fosse Robert Stanhope. Porém, prevaleceu a vontade de Mayer, e Robert Taylor foi o nome escolhido e mantido.
Últimos anosRobert Taylor foi contratado da Metro-Goldwyn-Mayer por 25 anos ininterruptos (derrubando os 24 anos de Clark Gable). Ao expirar o prazo de seu último contrato com a MGM, fez nos estúdios de Culver City um thriller criminal razoavelmente bom, A Bela do Bas-fond/Party Girl, em 1958, sob direção de Nicholas Ray.
Em 1959, Taylor decidiu corajosamente ingresar na televisão, onde atuou como protagonista na série The Detectives, na ABC, interpretando o Capitão Matt Holbrook, que foi um sucesso imediato e total. Tranferiu-se para o canal NBC para fazer Robert Taylor's Detectives, variação do tema anterior, e co-estrelado pelo iniciante Adam West.
Em 1964 voltaria a contracenar com Barbara Stanwick no filme de horror The Night Walker.
De 1966 a 1969, atuou ainda na televisão como anfitrião e astro ocasional em Death Valley Days, função que ele recebeu do amigo Ronald Reagan, que deixou a televisão para ingresar na política, onde se elegeria governador do estado da Califórnia, em 1966.
Participou em filmes de televisão como astro convidado, na série Hondo, e também no western A Volta do Pistoleiro/Return of the Gunfighter (1966), para a MGM-TV, que marcou sua volta a Culver City, para uma despedida deifinitiva.
Entre 1964 e 1968, fez seus últimos filmes nos Estados Unidos e na Europa, nenhum porém com boa representividade para a carreira em declínio, consciente de que seus bons tempos já haviam passado.
Fumante inveterado, Bob consumia três maços de cigarros por dia, e a isso foi atribuído o câncer que o atacou nos pulmões. Diagnosticado o mal, teve extirpado o pulmão direito, em outubro de 1968. Abandonou o fumo, deixou de beber e passou a dormir mais cedo. Mas aí já era tarde demais. A doença continou a progredir e o consumia rapidamente. Na primavera estadunidense de 1969, a deterioração era generalizada, e em 8 de junho do mesmo ano, Robert Taylor, um dos mais carismáticos galãs do cinema, morria no St. John's Hospital de Santa Monica, na Califórnia, aos 57 anos de idade.
Não obstante os estragos que o câncer havia lhe causado aos pulmões, ocasionando indescritíveis agonias durante seu último ano de vida, ele enfrentou o fim com resignação e coragem.
No necrológio feito durante os funerais, disse Ronald Reagan: "Talvez cada um de nós tenha sobre ele lembranças próprias e diferentes, porém, de alguma forma, todas elas nos levam a um homem fino, delicado, e gentil".








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